domingo, 6 de março de 2011

SUBIR A SERRA BRINCANDO – A HORA É ESTA

 Carmen Lozza[1]

Semana passada ouvi de um amigo que o Egito agora está mais perto de nós do que a nossa Serra que caiu por terra. Tendo a concordar. Desde que tenhamos clareza de que também o Egito passará. Tudo é fugaz. Nós mesmos não resistimos a tanta crueza com que nos deparamos na TV e, talvez por autodefesa, escapar de uma tragédia para olhar outras novas/velhas notícias seja uma proteção que estamos encontrando para não sucumbirmos à propalada impotência que cada um tem diante do caos. Claro que restaria a opção de levantarmos de frente da TV, mas aí são outros quinhentos...

Na verdade, para sermos justos, precisamos reconhecer que muitos já saíram de sua zona de conforto e colaboraram, confirmando a nossa extrema capacidade de ajudar quando uma nova tragédia atinge nossos pares, mais ou menos distantes.

Devemos considerar nesta hora, no entanto, que o temor que se abate sobre quem está perto da população atingida já não é mais a simples falta de bens materiais, vindos dos lugares mais inusitados e distantes, mas é o tempo que durará esta situação “provisória”. Sabemos todos e não vamos nos iludir: trata-se de um provisório cuja extensão de tempo ganhará ares de permanência, tamanha a dificuldade para que cada qual volte a ter uma vida mais dignamente organizada.

Nesse sentido, o grave problema com que se defrontam os prestadores de socorro é a urgência de se providenciar, ampliar e atribuir um caráter de maior permanência ao atendimento afetivo, social e educativo que vem sendo oferecido às vítimas, e aqui estamos nos referindo prioritariamente às crianças e jovens.

Precisamos de voluntários que brinquem, que contem histórias, que façam com que cada criança ou jovem abrigado deixe de ser apenas o ocupante do colchão número tal. As perdas já acontecidas e sentidas na carne por cada um não podem ser agravadas por este limbo em termos da educação e cuidado que são devidos a cada qual. Está em jogo o comprometimento emocional, mental, físico, integral mesmo, de um contingente significativo de filhos de nosso tempo.

Que venha quem puder! Que, pela ação, cada qual possa ampliar os limites de sua atuação como cidadão. Que se apresente quem estiver disposto a subir a serra brincando. O cobertor da hora é este.




[1] Colaboradora da Campanha Suba a Serra Brincando - Recreação Voluntária na Região Serrana do RJ. Contato: recreacaovoluntaria@gmail.com

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Três abrigos, muitas histórias e amizades


Queridos,
Eu estava precisando ter um dia como hoje!
Três abrigos, muitas histórias e amizades novas!
Valeu!
Abaixo o link das fotos no meu facebook. Assim que a Isabella colocar
as outras, eu envio.
Luciana Campos, em 20.02.2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pesquisadoras do Ibase sobem a Serra Brincando


No dia 11 de fevereiro, seis pesquisadoras do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e três familiares subiram a serra para participar da campanha Suba a Serra Brincando, dessa vez em Nova Friburgo. Os funcionários da instituição contribuíram financeiramente para compra de materiais que foram usados nas atividades e com doações de livros e outros materiais. 

Estivemos em quatro abrigos da cidade, dois deles já desativados, levando brinquedos, livros e materiais para atividades e brincadeiras como papel, lápis de cor, cola e miçangas. No abrigo do Laboratório da Prainha, em Campo do Coelho, desenvolvemos atividades junto com as cerca de 25 crianças que estavam no local e ouvimos relatos de adultos, jovens e crianças sobre a tragédia e as possibilidades de reconstrução da Região. A Prainha foi um dos bairros mais atingidos e as famílias que ainda têm suas casas voltam ao abrigo sempre que há ameaça de chuvas. Como as aulas ainda não começaram, muitas crianças que não estão morando no local, passam o dia por lá junto com seus parentes. Fomos muito bem acolhidos por todos, sobretudo pelas crianças, e passamos uma tarde agradável com eles(as): ouvindo músicas infantis levadas por nós, jogando, desenhando e fazendo colares, pulseiras e anéis de miçangas. A seguir algumas impressões do grupo que fez parte das atividades nesse dia:

"As crianças assim como os adultos não se cansam de relatar fatos vivenciados no dia da tragédia. É visível o abalo sofrido por essas pessoas. Quanto a isso como nos sentimos impotentes! Como ajudar toda uma população a se sentir novamente parte ativa e produtiva de sua localidade?" Nahyda Franca, coordenadora do Ibase

“Senti de alguma forma em todos os rostos a tristeza, tanto nas crianças quanto nos adultos. Na conversa com os adultos, os relatos de perdas de vidas, de familiares, de vizinhos, de casas, de móveis, de objetos pessoais e a impotência diante daquela situação. Pude perceber ainda o medo latente de que a situação venha a se repetir.”, Rozi Bilo, pesquisadora do Ibase

"O trabalho foi muito bom e foi bom principalmente pela receptividade das crianças, que estavam alegres, agitadas e com uma disponibilidade incrível. Eu me senti receosa antes de encontrar com elas, mas a atitude delas nos tranquilizou e tivemos uma tarde de muitas brincadeiras.”, Marina Ribeiro, pesquisadora do Ibase

“Fiquei muito impressionada com a disponibilidade e a afetuosidade das crianças que se envolveram com as brincadeiras propostas e se concentraram na criação de peças de miçangas, atividade melhor aceita pelo grupo. Ficou a impressão de que ainda falta muita coisa: o pedido de brinquedo, livro e material escolar feito por algumas delas deixou entrever as necessidades do grupo, mas também um apelo pelo resgate de seu cotidiano que, espero, a volta às aulas ajude a começar a restabelecer”. Patrícia Lânes, pesquisadora do Ibase

“É muito bom poder compartilhar momentos felizes com crianças que passam por um momento difícil. O sorriso e o carinho delas mostra a força da esperança. E mostra para nós que é essencial se engajar nas lutas que garantam o direito delas, suas famílias e tantas outras pessoas que estão vulneráveis às tragédias causadas pelas chuvas.” Eugênia Motta, pesquisadora do Ibase
  
"Fiquei bastante impressionada com a disponibilidade com que as crianças nos receberam. Chegamos com o intuito de promover algumas horas de recreação com as crianças e adolescentes nos abrigos, sem ter ao certo quais situações encontraríamos.
Nos deparamos com uma cidade e os evidentes sinais da desordem ocasionada há um mês e nos abrigos com crianças abertas a receber atenção e carinho. As atividades com elas foram acontecendo de uma forma muito gostosa, divertida e tranquila e misturou um pouco de tudo que levamos. Depois coube à nós refletir um pouco, em grupo ou individualmente, sobre o amanhã dessas crianças e de suas famílias e na continuidade de nossos trabalhos com vistas a auxiliar em sua possível reconstrução." Ana Claudia Santos, pesquisadora de projeto Ibase-Abrandh

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Campanha Subiu a Serra Brincando com a UFF

UFF leva alegria para Nova Friburgo e Teresópolis
17/2/2011
A Universidade Federal Fluminense, por meio do Grupo de Trabalho "UFF SOS Comunidade Região Serrana/RJ", esteve nos dias 11 e 12 de fevereiro, nos municípios de Nova Friburgo e Teresópolis, para realizar atividades para as pessoas que permanecem instaladas em abrigos.

Várias oficinas foram ministradas para a população, além da realização de apresentações culturais, com destaque para a Orquestra de Cordas da Grota, que se apresentou em Teresópolis e que no dia 26 de fevereiro estará em Nova Friburgo.

As atividades foram desenvolvidas por uma equipe da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), docentes e discentes do Polo Universitário de Nova Friburgo (Punf) e alunos dos cursos de Psicologia e Ciência Política.

A Faculdade de Educação da UFF e voluntários levaram o Grupo "Subindo a Serra Brincando", uma campanha de recreação com crianças e jovens da Região Serrana. Um veículo da UFF levou doações arrecadadas para locais distantes do Centro de Nova Friburgo.

Outras informações sobre o trabalho do Grupo de Trabalho UFF SOS Comunidade Região Serrana podem ser acessadas em www.proex.uff.br/sos.
fonte: http://www.noticias.uff.br/noticias/2011/02/uff-friburgo-teresopolis.php

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Levanta Nova Friburgo




Clipe feito por Pedro Bessa para a TV ZOOM, com trilha de Marcus Viana...
O vídeo procura dar a idéia de reconstrução, de vida, de valores elevados, de solidariedade, de entrega...
Parabéns e muito obrigado aos voluntários, às pessoas que resgataram vidas ou corpos, que nos ajudaram a limpar a cidade e a retomar o dia-a-dia!
Pessoal, vamos divulgar bastante! A força do olhar, da solidariedade, da luta das pessoas que aparecem no vídeo, precisam servir de lição para nós, os sobreviventes, os que estamos longe ou que ainda não pudemos ajudar. Qualquer ato, por menor que seja, vai contribuir muito para essa corrente ser mais forte, mais viva!!!
Força, esperança e paz!!!
LEVANTA NOVA FRIBURGO!!!!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Simplesmente incrível!



"Logo de início os olhos brilharam frente a tanta novidade e vários brinquedos diferentes. Minutos depois, as crianças passaram a realizar uma espécie de partilha de unidades. Seria uma tentativa de individuar-se frente a experiência avassaladora de perder suas referências e viver subtamente em coletivo? Depois disso, Brendo, que perdeu três irmãos, escreveu seu nome na parede, com giz de cera.  Estaria objetivando permanência? Lutando contra a possibilidade de desaparecimento? Outra criança, chamada Pamela se apossou de dois estojos de hidrocor, e nada demovia a idéia de tê-los para si, não queria sequer participar das brincadeiras. Apesar de ser uma criança já crescida, permanecia todo o tempo séria, com uma chupeta rosa na boca e com um olhar triste, como se sua infância tivesse sido interrompida em um passado distante. Tentei convencê-la a unir-se a nós, propus uma aposta de corrida, quem seria mais rápido? inutil. Garanti que a brincadeira seria muito divertida. Nada. As canetinhas permaneciam entre suas mãos e a menina imprimia sobre elas a maior força que podia. Como se estivesse se apegando a algo que lhe fosse muito caro. E eu queria muito inseri-la na atividade, trazê-la para junto de nós. "vai lá Pamela, você gosta tanto de desenhar" incentivava a mãe. Foi então que em um estalo, percebi que estava com uma resma de folhas em meus braços, abri rapidamente rasgando o envelope, abaixei e disse para ela em tom de brincadeira: "você tem as canetas, mas eu tenho as folhas.... então teremos que fazer isto juntas". De imediato, seus olhos tornaram-se brilhantes, e um sorriso tímido surgiu por detrás da chupeta. Ela me estendeu a mão e seguimos juntas para um dia inteirinho de atividades. No final do dia, ganhei um lindo desenho".
Simplesmente incrível! realmente "brincadeira é coisa séria"
Bárbara Breder
(psicóloga)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

LISTA DE ABRIGOS EM TERESÓPOLIS

 Car@s

Abaixo a lista de abrigos obtida com a Secretaria de Saúde, na Reunião do Conselho de Abrigos em 09 de fevereiro de 2011. Divulgamos para que todos os voluntários interessados em subir a serra possam se organizar quanto ao local a ser visitado.

Vale lembrar que o número de abrigados informado não distingue adultos e crianças. Somente os Coordenadores dos abrigos possuem esse dado. É necessário ligar para o abrigo para obter tal informação.

  • ABRIGO RECOMEÇAR (Galpão BEBIDAS COMARY) - 191 abrigados - R Melvin Jones, 92 - Tel. 8402.0680 - Responsável: Paula Maia
  • ASSOCIAÇÃO DE PROMOÇÃO SOCIAL LOPES VICUNHA - 48 abrigados - R. Sebastião Lacerda, 1396 (atrás FESO) - Tel. 2642.5890 - Resp. Irmãs Vanda e Geralda
  • CASA DE LEONOR- TRÊS CÓRREGOS -
  • IG. CASA DE ORAÇÃO - Ao lado dos Correios - Tel. 9320 - 8698 - Resp.Zé Carlos
  • CASA DA Sra. SIMONE REGINA - 62 abrigados
  • ESCOLA DE VIEIRA - 35 abrigados
  • ESCOLA ESTOLINO M. ROCHA - 18 abrigados
  • HOTEL POUSADA SAINT GERMAN - 19 abrigados -
  • IG. ASSEMBLÉIA DE DEUS - Sub-sede - 122 abrigados - ao lado do Tiro de Guerra - Tel. ____ - Resp. Cremilda
  • IG. ASSEMBLÉIA DE DEUS - 12 abrigados - R. Arlindo Carneiro, Paineiras - Tel. 7669.3077 - Resp. Roosevelt
  • IG. ASSEMBLÉIA DE DEUS - 30 abrigados - R. Narciso Martins, 75 (Pad. Tigrão) - Tel. 7474.1459 - Resp. Wirlley/Débora
  • IG. BATISTA CENTRAL - 38 abrigados - ____ - Tel._____ - Resp. Pr. Josué/Denilza/Raquel
  • IG. BATISTA DA BARRA DO IMBUÍ - 139 abrigados - R. Dr Oliveira, 314, Barra - Tel. 2742.1994 - Resp. Pr. Cidaco/Cláudia/Arthur
  • IG. BATISTA SERRA DOS ORGÃOS - 67 abrigados - R. Luiz Noguet Jr., 480 - Tel. 2642.7450 - Resp. Pr. Arnou/ Aline
  • IG. CATÓLICA DE IMBIÚ - 30 abrigados -
  • IG. DE CRISTO - 7 abrigados - R. Manoel Dias, 95, Barra - Tel. 2742.1095 - Resp. Alex/Valesca
  • IG. DE DEUS - 43 abrigados - Av. Pres. Roosevelt, 56 - prox. Posto Bibi, Barra - Tel. 2742.7209 - Resp. Zezé
  • IG. DE JESUS CRISTO S.U.D (Mórmons) - em desativação -
  • IG. METODISTA CENTENÁRIO - 55 abrigados - R Manoel Dias, em frente Barra Limpa, Barra - Tel. 9854.4367 - Resp. Sandro
  • IG. METODISTA CENTRAL -
  • IG. O BRASIL PARA CRISTO - 33 abrigados - Ao lado Viação Teresópolis - Várzea - Tel. 9388 9475 - Resp. Edna/Paulo/Pr.David
  • PARÓQUIA DE SANTA RITA 66 abrigados -R Melvin Jones, 315 Meudon - Tel. 2741.0393 - Resp. Pe. Carlos
  • PARÓQUIA DE SÃO CRISTÓVÃO 26 abrigados - BR 116, km 78 Fonte Santa - Tel. 2743.6325 - Resp. Adriana/Ana Paula
  • PMAC - Projeto Missionário Amor Cristão - 20 abrigados - R._______ - Tel. _____ - Resp. Pra. Dilza
  • PROJETO VIDA NOVA - 60 abrigados - R. Odilon Couto, 75 S.Pedro - Tel.___ - Vitor/Pr.Marcelo/Simone
  • RELIGIOSAS DE MARIA IMACULADA -

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ouvi dois relatos ontem sobre tragédias e voluntariado.



Nilza Alves


Ouvi dois relatos ontem sobre tragédias   e voluntariado.

1. O primeiro veio de uma voluntária que ajudou na tragédia do Morro do
Bumba, abril de 2010:

" Os sacos de doação se amontoavam. No meio do caos, uma idosa parou .
e me pediu ajuda. Precisava de uma camisola. De algodão!
Parei, atordoada. Camisola de algodão numa hora dessa? Ali,  nem
pensei direito. Disse que ia tentar. Mas, voltando pra casa, a imagem
daquela mulher e o cenário de destruição à sua volta o tempo todo na
minha cabeça.   Sem casa, sem família, sem amigos. Achei justo que
tivesse uma camisola. Era sua referência a uma vida que havia
desmoronado com a chuva. Consegui . Ela recebeu feliz da vida. E se
reconheceu novamente".

2. O segundo veio do Carrano, falando sobre  vizinhos e doações:

" Ela veio trazendo massinha de modelar e um radinho de pilha. A
massinha, como vi depois, não era a que estava em oferta na loja. Ela
fez questão de comprar a mais cara. E sobre o radinho de pilha, uma
única recomendação: que eu doasse a um idoso.
Para alguns amigos que contei essa história, a memória focou  a imagem
de
um pai ou um avô com o ouvido colado no rádio de pilha.  Achei bonito
isso. Não só doação, mas preocupação com o outro" .

Fiquei pensando em nossa campanha. Chegar para ouvir. E, quem sabe,
ajudar a concretizar pequenos sonhos secretos.

Documento entregue ao Prefeito de Teresópolis - Proposta de orientações técnicas para os serviços de abrigamento emergencial

Comitê de PROTEÇÃO ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VÍTIMAS DA CHUVA (Teresópolis)
Conselho Municipal de
ABRIGOS EMERGENCIAIS


Proposta de
ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA OS SERVIÇOS
DE ABRIGAMENTO EMERGENCIAL

DIANTE DA NECESSIDADE DE ABERTURA DE ABRIGOS EMERGENCIAIS EM SITUAÇÕES DE CALAMIDADE, ESTE DOCUMENTO TEM COMO OBJETIVO DAR ALGUMAS ORIENTAÇÕES TÉCNICAS AOS GESTORES PÚBLICOS E A TODAS AS PESSOAS ENVOLVIDAS NA OFERTA DESSES SERVIÇOS, PARA GARANTIR OS DIREITOS BÁSICOS DOS INDIVÍDUOS.


I – PRINCÍPIOS

  • Provisoriedade da condição de abrigado;
  • Respeito à diversidade religiosa, cultural e de orientação sexual;
  • Atendimento personalizado e individualizado ao abrigado;
  • Direito à privacidade e à não utilização indevida da imagem
  • Respeito à autonomia dos indivíduos e famílias;
  • Participação efetiva dos abrigados nas decisões e nas avaliações de seu interesse.

Esclarecimentos:

O respeito à diversidade não implica em permissão da prática de qualquer ato individual ou coletivo que possa implicar em descumprimento das regras do “Acordo de Convivência” firmado no Abrigo


II - SERVIÇOS QUE DEVEM EXISTIR NO ABRIGO

  • Acompanhamento Social
  • Acompanhamento Pedagógico
  • Acompanhamento Psicológico
  • Acompanhamento da Saúde
  • Acompanhamento Nutricional


Recomendações quanto a serviços

  • A implementação dos diversos itens do documento “Orientações Técnicas para os Serviços de Abrigamento” compete à Secretaria de Desenvolvimento Social, em articulação com outras secretarias, que deverá definir o “como” e o “tempo”, e a quem compete cada item.
  • Em situação de calamidade, a rede pode se ver em condição precária frente às demandas que surgem, sendo impossível que atenda a todas as recomendações do documento. Isso torna necessário uma articulação dos abrigos para, sem substituir o poder público, orientar e cooperar com a ação governamental;
  • Sendo inevitável que alguns serviços, no começo da emergência, tenham sido providenciados pelos próprios abrigos através de improvisos e voluntariado, é essencial que essas estruturas não se tornem permanentes, devendo ser buscados os recursos da rede pública tão logo possível;
  • Devem estar incluídas atividades de lazer e recreação para adultos e para crianças;
  • Organizar a estrutura de recursos humanos, definindo a necessidade da existência de ao menos uma técnica em cada abrigo, e elaborando quadro de horários e escalas de trabalho;
  • Que os serviços tenham continuidade, com dias e horários determinados e responsáveis devidamente identificados e compromissados;
  • Garantir que os voluntários e profissionais atuantes no abrigo sejam identificados.


III - ESTRUTURA E ESPAÇOS QUALITATIVOS NO ABRIGO

  • Privilegiar abrigos menores
  • Preservar a qualidade do atendimento ao abrigado, equilibrando a relação entre espaço de abrigamento e quantidade de abrigados;
  • Definir espaços específicos para cada atividade e/ou serviço (Ex. depósito de alimentos, de roupas, espaços de atendimentos especializados, como atendimento médico, psicológico, etc)

Recomendações quanto a estrutura e espaço

  • Dedicar especial atenção ao espaço de reunião com famílias;
  • Definir espaços para atividades com as crianças
  • Não colocar pessoas solteiras sem vínculo familiar no mesmo espaço de uma família;
  • Evitar separação dos membros de uma mesma família
  • Buscar privacidade para as famílias, por meio de divisórias (lençóis, biombos, cabanas e outros)
  • Manter os espaços em boas condições de higiene, com acompanhamento diário.


IV – SEGURANÇA E CONDUTA NO ABRIGO

  • Firmar, em reunião participativa com o grupo de abrigados ou representantes das famílias, um “Acordo de Convivência“, com regras claras sobre as condutas desejadas e vedadas;
  • Estabelecer segurança visível e permanente nos abrigos;

Recomendações quanto a segurança e conduta

  • O princípio do respeito aos direitos do abrigado deve impedir demonstrações intimidantes e desnecessárias, como exposição de armamentos e abordagens autoritárias;
  • Aferir com clareza as ocorrências para evitar confusão entre quebra do “Acordo de Convivência” com ilícito penal.


V - INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

  • Sistema de comunicação interna
a) Reuniões periódicas da direção e/ou técnicos responsáveis com os abrigados
b) Painel informativo de fácil compreensão e sempre atualizado

  • Sistemas de controle:

a) Controle de entrada e saída – abrigados, visitantes e voluntários
b) Cadastro de Abrigados – deve conter o nome de quem está abrigado, seus dados pessoais, dados médicos;
c) Cadastro de profissionais e voluntários – deve conter o nome, RG, origem, contato e informação e/ou copia do “Termo de Voluntariado”
d) Termo de saída – documento de responsabilização do próprio responsável quando de sua saída do abrigo;
e) Livro de ocorrências – devendo ser imediata a comunicação às autoridades competentes, em casos de maior gravidade, especialmente os casos em que o autor ou a vítima seja criança ou adolescente.
*.*
Teresópolis, 07 de fevereiro de 2011.

Coordenação do
CONSELHO MUNICIPAL DE ABRIGOS EMERGENCIAIS

Coordenação do
COMITÊ DE PROTEÇÃO ÀS CRIANÇAS E
A ADOLESCENTE VÍTIMAS DA CHUVA

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Suba a Serra Brincando na Radiotube

As fortes chuvas que devastaram cidades da região serrana do Rio de Janeiro deixaram milhares de desabrigados. Entre eles, crianças e adolescentes.

Nessa entrevista, o professor da UFF, Paulo Carrano, fala sobre a necessidade de ações para ajudar na recreação e no processo educacional destas pessoas.

Campanha Suba a Serra Brincando e Orquestra da Grota são matéria do OGlobo Niterói

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Subindo a Serra Brincando: a primeira visita da campanha

Passados alguns dias das chuvas que arrasaram algumas cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro, subimos a serra no sábado, 22 de janeiro, em direção a Teresópolis. Fomos num pequeno grupo de quatro pessoas e na ocasião levamos brinquedos, materiais de pintura, escrita, massinha de modelar e a vontade de fazer mais que doações para as crianças desabrigadas da região.

Fora a movimentação de carros de serviço - Defesa Civil, Bombeiros, Polícias Civis e Militares, Guarda Nacional - a vida segue normalmente no Centro da cidade de Teresópolis, que não foi atingido pelas chuvas que arrasaram muitos bairros da periferia e zona rural. A Feirinha do Alto está funcionando ainda com baixa de visitantes o que preocupa os comerciantes.Seguimos para o Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara (Pedrão), tendo apenas um pequeno desvio em frente à Delegacia da Polícia Civil, nada que prejudique o percurso até a Várzea onde se localiza o Ginásio. Na portaria do Ginásio há uma separação: num dos portões são entregues as doações e no outro os voluntários se apresentam. Relatamos nossa intenção de fazer um trabalho recreativo com as crianças nos abrigos e que gostaríamos de falar com a equipe responsável. Após preenchimento de uma pequena ficha, uma voluntária do Pedrão, ouviu nossa proposta e após tentativa frustrada de localizar a Equipe Psicopedagógica, disponibilizou a lista de abrigos na cidade para que pudéssemos nos organizar. 
Não havia uma lista específica por abrigo, optamos por seguir para a Igreja Batista Central no bairro Barra do Imbuí. Na ocasião eram 140 pessoas alojadas, sendo 40 crianças. Logo que chegamos percebemos a movimentação de um grupo do Estado que cadastrava os abrigados no Bolsa Família e no Programa Minha Casa, Minha Vida. A responsável pelas atividades com as crianças no abrigo nos levou até uma sala montada para recreação. Nessa sala havia algumas crianças e adolescentes brincando com a supervisão de duas voluntárias vindas de São Paulo. 
Fomos preparados literalmente para brincar, contar histórias, ouvi-las e principalmente dar afeto. Assim que descarregamos o material do carro, as crianças e adolescentes foram chegando e chamando os colegas. As idades variavam entre 2 e 15 anos. Além das crianças alojadas, descobrimos que outras do bairro viam também naquele espaço um momento de brincadeiras.  Essas crianças e adolescentes não foram diretamente atingidas pelas chuvas, não perderam suas casas, mas sofrem com a falta de políticas públicas de lazer e cultura nas periferias. 
Em meio as crianças e adolescentes havia um cadeirante que encantava por sua espontaneidade. As bolas de encher fizeram sucesso e coloriram a pequena sala. Foi uma tarde muito agradável, em meio a brinquedos, livros e muitas cores das massinhas de modelar, lápis de cor, giz de cera e canetinhas. Uma das meninas ensinava as colegas como confeccionar bonequinhas com a massinha de modelar. Outras montavam os quebra-cabeças que levamos. Na bancada muitas desenhavam.  Alguns desenhos retratavam a devastação das chuvas na vida desses pequenos, mas pouco falaram sobre esse assunto. As falas foram substituídas por sorrisos, nossos e deles. 
Ao final da tarde, passamos em outro abrigo para deixar material para recreação. Lá encontramos uma professora da zona rural da cidade que nos relatou que sua escola também estava funcionando como abrigo com 80 pessoas, entre elas, aproximadamente 30 crianças. Para essa escola também foi enviado material de recreação.  
Descemos a serra cheios de expectativas e ideias, planejando como dar continuidade ao trabalho. E o resto da história vocês podem conferir a cada relato de cada voluntário nesse blog.

Escrito por Daniele Monteiro, representante do grupo composto por Carlos Possat, Paulo Carrano e Teresa Dias

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Oficinas de Filosofia em abrigos de Nova Friburgo

Estivemos ontem em Nova Friburgo. Foi uma experiência importante, forte, alegre. Participamos doze pessoas de NEFI (proped/uerj). Tinha aluno de graduação, mestrando, doutorando, pós-doutorando, professor... chegamos em Nova Friburgo e as atividades planejadas, por diversas razões, não puderam
ser realizadas. Também por isso não dormimos como pensávamos, porque está difícil organizar as atividades. O subsecretário de educação, prof. Larry, ajudou muito para que pudéssemos organizar três atividades/oficinas de filosofia em três escolas abrigos diferentes, com crianças e adultos.

Participei de uma muito legal (da qual envio algumas fotos) no bairro de Catarcione com umas quinze crianças. De início as crianças estavam reticentes e acabaram participando inteiramente. Elas tinham entre 2 e 14 anos mais ou menos. Algumas falaram que era a primeira vez que trabalhavam com massinha. 

Uma delas, Carlos Eduardo, perto do final da oficina, que durou quase duas horas, disse que o pensamento está dentro de nossa cabeça e Lucas respondeu que é o futuro que está dentro de nossa cabeça...  Nas outras oficinas participaram adultos, mas a presença de adultos durante a semana está mais limitada por que saem para buscar casa, trabalho, etc. De qualquer forma, os depoimentos da tragédia foram impactantes...

Em Nova Friburgo, nos abrigos, há muitas doações, demais, encaixotadas, em muita quantidade, sem muitas condições e organização para mexer com elas. De fato, trouxemos de volta as doações de roupa que levamos por que não tinham com recebê-las. Alguns abrigos funcionam relativamente bem, num inclusive eles têm um blog!, em outros ouvimos queixas de maus tratos... Parece que roupa e comida não faltam nos abrigos. Mas o que mais escutamos é a necessidade de falar e ser escutados... Monitorem a situação porque muda constantemente. Todos os dias cai o número de pessoas nos abrigos ou elas estão sendo remanejadas pelo começo das aulas. Parece que, pelo menos em Friburgo, é mais fácil organizar atividades em final de semana. O comércio está relativamente bastante aberto. Tinham-nos dito que precisaríamos usar máscaras e sapatos fechados, mas pareceu-nos exagerado, não foi necessário.  

Enfim, podemos conversar sobre o que desejem.
Abraço, Walter Kohon

Fui, brinquei, pintei...e voltarei!

Olá,
O abrigo 19 tinha umas 7 crianças brincando conosco. E no abrigo 29, que
fomos na parte da tarde, tinha umas 5 crianças. Todos gostaram muito de
brincar com tinta e não queriam parar! Deixamos material para eles
continuarem. Eles ficaram realmente muito felizes com aquele momento de
pintura e interação conosco.


Conhecemos um artista! Desenha muito! Tem uns 7 anos. Tinha também um que
gostava muito de ficar sentado no nosso colo ouvindo estórias. Tinha uma outra que falou que não ia deixar a gente ir embora, e outra que era muito levada da breca! Cada criança foi uma delícia poder estar junto um pouquinho. E de fato é trabalho muito necessário. São muitos abrigos e muitos voluntários que precisamos.
Domingo estarei lá outra vez.

Bjs,

Michelle Bandeira

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Relatos Brincantes


No dia 28/01 (sexta-feira) um grupo de 39 pessoas do AIACOM, em adesão à campanha “suba a serra brincando” visitou 03 abrigos em Teresópolis. Seguindo os rumos da mobilização da campanha, tinha-se a expectativa de articular/organizar atividades brincantes com crianças e adolescentes, na perspectiva de humanizar a trágica situação em que se encontram. Diante a gravidade da situação, tecemos alguns combinados que consideramos ser importantes nesse momento. Combinamos de oferecer nosso afeto e cuidado, de provocar sorrisos e alegrias, de manter o bom humor (mesmo diante do inusitado e adverso), enfim, de vivenciar na companhia das crianças e jovens momentos de descontração e contentamento. Em contraponto, combinamos também que tentaríamos manter um comportamento acolhedor, porém, cuidadoso e pouco invasivo. Evitamos saturar as pessoas com perguntas acerca de seus dramas e tragédias, afinal não se trata de um espetáculo. Oferecer a escuta e atenção para quem, espontaneamente, sinalizasse esse desejo. Combinamos que estaríamos atentos para não estressar/incomodar as pessoas que estão na coordenação ou as que atuam como voluntários diariamente, mesmo diante as situações que pudessem nos parecer equivocada ou injusta.

1.    Abrigo - Projeto Vida Nova

Crianças e jovens em idades variadas e mistas, que de início, se mostravam dispersar e desconfiadas. Como estratégia de aproximação as educadoras convidaram para uma roda e começaram a encher balões. Pronto: o suficiente para agregar todas as idades e energias. Rapidamente a energia e o colorido dos balões tomaram conta da cena, fazendo fluir muitas brincadeiras divertidas. Nesse abrigo a marca maior foi o contato físico. As meninas (eram em maior número) sentavam no colo, abraçavam e eram abraçadas enquanto brincavam com miçangas, bolas, giz de cera e dobraduras, completamente entregues e absortas às atividades, recostando a cabeça no colo ou no ombro das educadoras, como se as conhecessem há muito tempo. Lá conseguimos realizar a fluoretação dentária em todo mundo (adultos e crianças). Os meninos e rapazes se envolveram muito rapidamente nas atividades de pipa e pára-quedas. Quando partíamos uma menina (talvez 07/08 anos) correu atrás do carro para saber se a gente voltaria e outra criança bem pequena seguiu conosco e sua mãe até o posto de saúde. Sentia muitas dores no ouvido e quase não participou de nada.

2. Abrigo - Igreja Metodista Central

A coordenação responsável foi bastante receptiva e acolhedora com a nossa visita. Disponibilizando o espaço, porém diziam ter dificuldades em agregar as crianças, alegando que elas eram dispersas e agitadas. Diante o inusitado, o grupo começou a desenvolver atividades individualmente com as crianças. Alguns brincantes diziam / pensavam: “Seriam crianças de rua?” meninos de rua, de lua, aluados, bolados, numerados, calados, paridos, partidos, desterritorializados, afobados, assustados, inquietos e até desafiadores, mas que não resistem a uma boa história. Nesse abrigo, a estratégia que surtiu efeito foi a contação de Histórias. Começaram a contar histórias para um grupo pequeno e logo em seguida foram aproximando outras crianças. Para um mesmo menino foram contadas 08 histórias, até que ele pudesse revelar (o que talvez pudesse parecer óbvio, mas não aos olhos de quem escolhe educar como profissão), não sabia ler! Podemos ler as imagens, sabia? Disse-lhes a brincante. Por fim foram realizadas brincadeiras que envolviam a atenção de todo o grupo, inclusive a do motorista, que passou boa parte de tempo jogando bola com os meninos. A coordenação demonstrou ares de espanto, dizendo que elas nem imaginavam que “aquelas crianças” pudessem fazer algo no coletivo de forma tão coordenada.

3. Galpão de Bebidas Comari

De todos os espaços visitados, esse parece ter sido o mais difícil. A coordenação não oferece boa recepção a quem chega visitando. Lá os voluntários (funcionários da prefeitura?) demonstram, para além da animosidade, uma certa irritação com a iniciativa de “bagunçar” o espaço, humanizando-o com brincadeiras e afetos. Falando em espaço... cabe externar que neste abrigo (detentor de uma cartografia assombrosa) as pessoas são referenciadas pelos números que marcam e dispõem seus colchões/cama.  Como não tivemos muita colaboração na organização e no convite feito às crianças, essas utilizaram como estratégia para as brincadeiras a musicalização. Ligamos o aparelho de som (que havíamos levado) e a partir daí, fomos propondo as atividades. Alguns meninos (que eram em predominância) eram muito gaiatos e tentavam o tempo inteiro desestabilizar o desestabilizado (Isto é: um abrigo enorme com pessoas e camas espalhadas para todos os lados e uma enorme confluência de desejos atravessados – educadores, crianças, adultos, coordenadores, voluntários). Por fim, a química rolou, permeada por desafios, provocações e muitos sorrisos.

Cleidy Nicodemos 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Suba a Serra Brincando soma esforços com SOS Comunidade/UFF


A Campanha Suba a Serra Brincando está participando do SOS Comunidade da Pró-Reitoria de Extensão da UFF que coordena os esforços da universidade para ajudar a Região Serrana do Rio de Janeiro atingida pelas chuvas de janeiro. Além de donativos de primeira necessidade (materiais de primeiros socorros; fraldas infantis e geriátricas) o posto de arrecadação do SOS Comunidade, localizado no hall da Reitoria, passará a receber donativos indicados pela Campanha Suba a Serra Brincando:

Brinquedos para diversas idades e em bom estado de conservação; •Livros infanto-juvenis; •Massa de modelar; •Giz de cera; •Lápis de cor; •Hidrocor; •Cartolina; •Papel para desenho; •Papel dobradura; •Cola; •Cola colorida; •Balão de encher; •Tinta facial; •Tesoura.

Os donativos serão recolhidos semanalmente pela campanha Suba a Serra Brincando e enviados pelos recreadores voluntários diretamente para os abrigos de Teresópolis, inicialmente. Numa segunda fase da campanha pretende-se trabalhar também com os abrigos de Nova Friburgo e Petrópolis.

A entrega de donativos pode ser feita de segunda a sexta, das 9h às 18h, no saguão da reitoria da UFF, Rua Miguel de Frias, nº 9

Uma experiência empolgante


Sou Auri, e estive com Inês nesse belo encontro pela Serra. Fui apreensiva, fato. Medo do que ver e do que encontrar por lá. E cheguei fascinada. Povo atencioso, crianças carentes de atenção e carinho. E nós com muita disposição para ajudar. A manhã foi divertidíssima com os menores. Figuras marcantes, Mateus, Naomy, Maiara... Meninos e meninas lindos. Inês, Andrew e eu, ficamos meio perdidos na chegada, sobre o que fazer. Mas logo em seguida, os queridos, Alice, Michele e Gustavo, que com muita criatividade, transformaram a manhã em muita cor e alegria. A idéia principal era visitar dois abrigos, nós, porém, continuamos no abrigo 19. Percebemos a carência de ajuda por ali. Muitas doações chegavam, e pouca gente pra ajudar a organizar tudo. Mas o povo era perseverante e incansável. Enfim, saí de lá renovada, uma experiência de vida, EXCEPCIONAL. Estou disposta a um próximo encontro. Rever aquelas crianças que imploravam, grudadas ao portão pela nossa permanência ali foi bom demais. Contei a experiência a amigos e muitos se empolgaram.
Parabéns pela iniciativa.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Suba a Serra, leve amigos e ainda seremos poucos


Maria Inês Carvalho Gouveia - Voluntária do Suba a Serra Brincando

Teresópolis, sábado, 29.01.2011

Éramos seis e previsão de visitar dois abrigos. O abrigo da manhã, cativante, receptivo, afetuoso, e muita doação de roupas a organizar. Nós brincantes nos dividimos entre brincantes e ajudantes de caminhões que chegavam e saíam! Impressionante! Voluntários? Poucos. Aplausos aos dez adolescentes, meninos e meninas que estão lá há 15 dias carregando e descarregando donativos, fazendo a peleja menos árdua, o trabalho vira festa. A cada caminhão que chega: "vamos começar tudo de novo! rsrsrs". Precisam de muitas e muitos mais voluntários; os adultos trabalham e os adolescentes retornarão às escolas, isto é preocupação. Estamos nos organizando para voltar, com poucos perecíveis, para que não se estraguem por falta de espaço para conservação, mas sempre com muito afeto, atenção, paciência, dedicação e carinho, que crianças e adultos têm a receber e a dar! Saímos de lá abastecidos de tudo, fé renovada, e a certeza que Terê aguarda você.

Fomos eu, Auri e Andrew. Lá encontramos Alice, Michelle e Gustavo. Eles são excelentes, interagimos super bem. À tarde, meio grupo foi para o abrigo 29, e outra parte continuou no19. Muita coisa a fazer e a brincar. As crianças querem atenção, e acredito que estejam recebendo, pois também têm muito amor a nos dar. Gente! Que loucura! Muito a fazer.
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